MÚSICA – OUVIR NÃO BASTA!
A música certamente foi criada por Deus e é usada no céu pelos seres celestiais. Jó descrevendo a criação da terra, afirmou que havia muita música –“quando as estrelas da alva, juntas, alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus” Jó 38:7.
O Criador certamente tinha um grande objetivo ao criar a música para o sentido da audição humana, que era despertar sentimentos das mais variadas formas.
Já afirmamos que os sentidos são os órgãos responsáveis para receber os estímulos do exterior, e que substâncias são produzidas a partir desses estímulos; dependendo do estímulo, um coquetel de substâncias é produzido e surgem os sentimentos, humores e a disposição do indivíduo. A música não é apenas uma experiência auditiva mas comportamental.
A música pode originar a produção de substâncias poderosas como a adrenalina; dependendo do tipo de seu ritmo, outras drogas endógenas são produzidas, determinando a liberação de energia, aumento do batimento cardíaco e respiração; ou o estilo musical pode determinar a liberação de substâncias calmantes e tranqüilizantes, como as endorfinas e a serotonina. Ouvir música não basta, ela nos confere sensações, sentimentos e experiências também.
Músicas muito ritmadas com um compasso muito forte determinado por instrumentos de percussão, alteram o biorritmo das pessoas. Nas academias de musculação e ginástica rítmica a música é essencial não só para o compasso dos exercícios, mas para o estímulo ao movimento. As músicas mais escolhidas para sessões de exercícios de aeróbica são do gênero Rock e no estilo Dance.
A música até certo ponto, fisiologicamente afirmando, é um fator estimulante para a produção de drogas endógenas; e pode ser usada como estimulante em várias situações. Isso não caracteriza a música como algo nocivo, mas como um fator externo de estímulo ao órgão auditivo, assim como a luz pode ser usada para estímulo visual.
A conceituação de droga precisa ser bem entendida nesses casos; toda substância que causa mudança de comportamento é caracterizada como droga. No caso da música não se trata de uma substância, mas do estímulo que irá produzir as drogas em nosso organismo e gerar um comportamento alterado. Esse comportamento alterado pode ser a disposição para exercício físico, ou uma reação violenta.
É comum notarmos em shows de rock um frenesi, onde as pessoas saltam, pulam e até arremessam objetos, instrumentos contra as paredes e o chão, para extravasar a energia liberada diante do estímulo. Algumas pessoas estão sob a ação de drogas estimulantes (cocaína), mas a maioria não se encontra drogada, e sim superestimulada por substâncias endógenas.
Mas o coquetel de substâncias liberadas por nosso organismo é muito variado, tanto quanto aos tipos de músicas existentes. Cada tipo de música libera dosagens diferentes das drogas endógenas, gerando estímulos e sentimentos.
As músicas românticas não estimulam a liberação de substâncias estimulantes, mas tranqüilizantes. Drogas como a testosterona, oxcitocina, serotonina, são liberadas em diferentes concentrações, dependendo do estímulo.
Músicas românticas que evoquem a lembrança da pessoa desejada estimulam a memória e podem sedar a pessoa com um coquetel de drogas que irão deprimir ou determinar o sentimento de saudade e tristeza. Se a pessoa estiver próxima pode excitar a visão e despertar sentimentos de desejo sexual.
Os ritmos que exigem o contato do corpo, ou que possuem letras que irão estimular a audição e levar o cérebro a interpretar situações de sexo ou erotização e sensualidade, deixarão a pessoa excitada e pronta para o sexo. A excitação aumenta com o estímulo visual e contato físico da dança. Essas variantes determinam os tipos de drogas e diferentes concentrações liberadas no cérebro e no sangue.
Há uma experiência meditativa em cada música. Quando se ouve uma música, seja romântica ou vibrante, ela nos oferece uma viagem em nossa mente onde a imaginação e nossos desejos momentâneos determinam o roteiro. As letras das músicas se tornam a diretriz para a imaginação, e se o tema for sexo, essa vai ser a sua viagem. As músicas brasileiras oferecem na maioria dos temas a erotização, sensualidade e o sexo. Elas preparam milhões de adolescentes para suas experiências sexuais precoces.
Hoje se sabe que uma experiência sexual (fornicação, adultério), não acontece repentinamente; existe a experiência pré-sexual, que condiciona o individuo a se decidir pelo sexo. Desde o barulhento funk, até o vulgar pagode, as letras só versam sobre sexo. Conceituam e preparam a mente de adolescentes e jovens pelo país inteiro.
O cristão deve descartar as músicas que irão alterar o seu comportamento, sendo seletivo quanto ao ritmo musical. O mesmo critério deve existir para as letras das músicas.
Alguns tipos de músicas já foram condenadas como mundanas – o rock, o funk, o samba, o pagode, a dance musica etc. Isso porque as pessoas desde cedo perceberam que seus ritmos e letras não condizem com o estilo de vida cristão.
O rock é um exemplo clássico; quando esse tipo de música surgiu nos anos 50, pouco movimento do corpo se fazia ao se dançar uma música. As músicas tradicionais exigiam o deslocamento pelo salão. Mas o rock trouxe o famoso movimento dos quadris, que evocava os movimentos sexuais. Isso é um elemento das músicas modernas, que cada vez mais são direcionadas ao sexo.
Dos anos 50 para o nosso atual século, músicas como o funk são analogias claras ao sexo. Existem coreografias e danças que simulam o ato sexual; em bailes que invadem a madrugada, e a censura não existe os jovens se envolvem em sexo durante as danças coreografadas. As letras são extremamente apelativas, e acompanham sons e gemidos de mulheres como se estivessem em uma relação sexual.
A liberação sexual dos anos 70 foi porque nos anos anteriores o rock e outros fatores sociais, prepararam a mente daquela geração para a revolução sexual; e as conseqüências depois surgiram nos anos 80 como a AIDS, comercialização e tráfico de drogas, degradação da família, promiscuidade entre jovens e desvalorização do casamento.
Na década de 90 e início de nosso século o que vemos é uma transformação da sociedade em se adaptar aos novos valores; como exemplo citamos uma das resoluções do Código Civil Brasileiro em definir a família, como se compondo de mãe e filho(a) apenas para garantir os direitos das milhares de mães solteiras ou divorciadas de seus maridos, e que tinham que continuar a educação e sustento do lar sozinhas.
Não estamos dando dimensões exageradas à música, e nem afirmando que estilos musicais tenham desencadeado esses problemas, mas sim que foram um coadjuvante importante na formação moral de uma geração.
"Já que vocês são o povo de Deus, não esta certo que a imoralidade, a indecência... sejam, nem mesmo, assuntos de conversa entre vocês. Estejam certos disto: nenhuma pessoa imoral, indecente ... jamais receberá a sua parte no reino de Deus" Efe. 5:3-5
O princípio bíblico nos orienta a não conversarmos sobre assuntos imorais, muitos menos nos envolvermos em danças e ouvir músicas erotizadas.
Torna-se mais grave a tendência de trazermos certos ritmos para o louvor dentro da igreja. Como já dissemos certos estilos musicais são consagrados como mundanos; não que foram assim rotulados, mas que a origem de tais músicas saíram da mente perversa do inimigo de nossas almas.
Como haveremos de apresentar diante da Santidade Divina, louvores que foram extraídos de uma fonte musical não santificada?
Muitos justificam que esse é um meio de mantermos nossos jovens dentro da igreja; mas os jovens Nadabe e Abiu, filhos de Arão não foram poupados por entrarem na presença Santa de Deus com um´fogo estranho´.
Não pensemos que Deus não se importa, ou age de maneira diferenciada em nossos dias, pois o destino daqueles que se permitem trazer elementos estranhos ao culto a Deus será o mesmo de Nadabe e Abiú. Não temos poder em nossas congregações e manifestações como nos dias apostólicos, porque a reverência e o senso de sagrado foram trocados, pelo profano e secular.
“Lembre disto: Nos últimos dias haverá tempos difíceis. Pois muitos serão... desobedientes aos seus pais e não terão respeito pela religião. Amarão mais os prazeres do que a Deus; parecerão ser seguidores da nossa religião, mas com as suas ações negarão o verdadeiro poder dela”. II Tim.3:1-3(up)e 5.
Paulo fala aqui de pessoas que pretende ser cristãos (parecerão ser seguidores), mas que negam o poder da religião. Seus atos não permitem que o poder de Deus seja manifesto nas suas vidas, ou na congregação que ministram o louvor. “Amarão mais os prazeres do que a Deus...” e a musica mundana é um prazer aos ouvidos daqueles que se acostumaram com seu som estimulante.
Não adianta consagrarmos tal estilo musical com letras do evangelho ou dos salmos, pois Nadabe e Abiu usaram os incensários de ouro do templo, e nem por isso foram aceitos.
A música tem o seu valor se ministrada com reverência e vinda de um coração que almeja louvar ao Deus Eterno. Mas quando nossos impuros desejos movem a ministração do louvor, e a vaidade é revelada, pecamos diante de um Deus Santo.
Temos tantos talentos musicais no circulo cristão! Tantas vozes magníficas que se assemelham às angelicais, e seria maravilhoso ouvi-las acompanhados de ritmos santos (separados) das influências mundanas.
Aqui encontramos outra dificuldade que é a inspiração para a composição das músicas. Como saber se um ritmo ou acompanhamento é agradável a Deus?
Os gêneros musicais têm funções diferentes (folclore, cultura, louvor etc) os estilos musicais tem diferentes inspirações (romance, erotismo, dança, liturgia etc). O gênero para louvor a Deus é definido pela história da música e seus grandes compositores; o gênero sacro e litúrgico segue padrões de musicalização e ritmo que caracterizam as composições como louvor. Os demais gêneros irão caracterizar as composições como musicas românticas, folclóricas, etc.
É porque nos demoramos demais ouvindo e contemplando os ritmos estimulantes do mundo, que ao se compor uma música para louvor, nossas impressões são ali deixadas. Precisamos nos demorar menos nas coisas do mundo, e mais na Palavra de Deus.
Torna-se um erro concluir que as composições são naturais e que refletem a realidade do homem contemporâneo. Muitos imaginam que não existe uma outra forma de expressarmos nossas idéias ou louvor, a não ser pelo uso corrente do que já se apresenta em nosso meio.
Mas raciocinando assim veremos que a carne e seus frutos irão se sobressair em todas as coisas que fizermos na igreja. O pecado é natural para o ser humano, e só a Graça divina pode nos transformar das coisas mundanas para as celestiais.
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3 comentários:
Olá Ivair! Fico feliz por encontrar, nesse meio tão perverso que é a Internet, algo de bom, que edifique e honre os mandamentos de nosso Pai celestial. Que Deus te abençoe.
Eu estudo música erudita, mais precisamente piano. É notável que a a música erudita é "discriminada", de certa forma, entre alguns jovens, por não fornecer esses prazeres e sentimentos carnais que outras, como o rock/funk, forneceriam.
Identifico-me muito com ela, porém fico em dúvida às vezes quanto até que ponto há conveniência cristã em praticá-la. Gostaria que o Sr. expusesse um parecer.
Muito Obrigado
Acho que quem faz os efeitos das musicas são seus atores, não importa o ritmo, se tiver palavras eroticas a musica vai ser erotica, se pegarmos uma musica como as da aline barros, e pedirmos pro MC Créu fazer uma parodia, garanto q fica uma musica totalmente pornografica, ou se pegarmos qualquer musica evangelica e trocarmos a letra, se torna um estimulante ao pecado, por isso que faz os efeitos das musicas são os autores.
O rock é muito discriminado, mas na vdd, é puro preconceito, os homems vão de mau a pior, isso é natural da carne, não foi o rock q fez com que o homem se corrompesse, pq se assim foce, deviamos pegar a musica que ouvião no tempo de noé, e e tbm os ritmos de sodoma e gomorra, e tbm jugarmos como musicas perversas (acho q não existia rock na epoca)
quem comete o pecado é o homem, devemos ser criteriosos as letras das musicas, e não aos ritmos, isso é ridculo, acusar um ritmo de ser estimulante de pecado.
Adorei o assunto...É fato de que o pecado está cada vez mais infiltrado na igreja do Senhor.Ritmos que foram criados pelo pecado serem transformados em letras cristãs,isso é ridículo...A bíblia nos afirma que uma fonte não jorra duas águas,ou é doce ou é salgada! Discordo plenamente de hinos em ritmos de funk,forró,rock,etc...Temos que ficar ligados pq o mundo muda de aparência mas a verdade que é a palavra jamais mudará!
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